30.10.04

Debate quase ao vivo!




Pérola da noite...

"Se não tiramos a criança da favela, tiramos a favela de dentro da criança"
Marta - explicando a utilidade dos CEU's.

"Eu também mereço ser a Marta dos Velhos"
Marta - aceitando o apelido de Martaxa e pedindo novos apelidos.

29.10.04

Às vezes nunca

Pessoal

Tô postando a letra de uma das minhas músicas preferidas. além da letra ser muito boa, o rítmo dela faz uma mistura meio doida de jazz, baião e punk! tem coisas q só os engenheiros do hawaii conseguem!


'tô sempre escrevendo cartas que nunca vou mandar
pra amores secretos, revistas semanais e deputados federais
às vezes nunca sei se "AS VEZES" leva crase
às vezes nunca sei em que ponto acaba a frase (.,;?!...)

você sempre soube (eu não sabia)
toda frase acaba num riso de auto-ironia
você sempre soube (eu não sabia)
toda tarde acaba com melancolia

e, se eu escrevesse "SEM" com "S", ou escrevesse "CEM" com "C"?
?por acaso faria alguma diferença?
?que diferença faria?
?o que você faria no meu lugar...
... se tivesse pr'aonde ir e não tivesse que esperar?
?o que você faria se estivesse no meu lugar...
... se tivesse que fugir e não pudesse escapar?

você sempre soube que eu não conseguiria
quando a frase acaba tarde, tudo fica pr'outro dia
você sempre soube, eu não sabia
toda tarde acaba em melancolia

às vezes não entendo minha própria letra
minha própria caneta me trai
às vezes não entendo o que você quer dizer quando fica calada

você sempre soube (eu não sabia)
quando a frase acaba o mundo silencia
às vezes não entendo onde você quer chegar quando fica parada

é como ficar esperando cartas que nunca vão chegar
não vão xegar com "X" nem vão chegar com "CH"
é como ficar esperando horas que custam a passar
enquanto ficamos parados, andando pra lá e pra cá
é como ficar desesperado de tanto esperar
olhando pela janela até onde a vista alcançar
é como ficar esperando cartas que nunca vão chegar
é como ficar relendo velhas cartas até a vista cansar

você sempre soube - eu não sabia
você sempre soube - eu não sabia

Humberto Guessinger

23.10.04

Sintomas do crescimento

Já contei isso pra algumas pessoas...

Um dos momentos marcantes da minha aconteceu em 2002, ano em que eu percebí que tinha deixado de ser um teen para passar a ser um homem grandinho. Isso aconteceu em uma bela tarde, quando um engraxate me parou na rua e disse:

_ Ei, tio! vai graxa?

Foi o fim da minha adolescência!!! sabem por quê?

1- crianças já estavam me vendo como um adulto. isso queria dizer que eu já me parecia com um adulto
2- eu estava usando um sapatos que precisava de graxa, e não um tênis
3- eu estava trabalhando nesse dia... vestido como um adulto e fazendo coisas de adulto!!!

resumindo... nesse dia caiu a minha ficha... foi quando percebí que NÃO TENHO MAIS 15 ANOS!!!

Apoio espúrio


21.10.04

Frases do Dia

1- "Eu estou quebrando os coelhos hoje a noite"
Tentativa de tradução de "Breaking the Habit" do Linkin Park.

2- "Eu coloquei meus filhos no CEU porque no CEU tem merendia"
.........Sem comentários!

18.10.04

Sobre todas as coisas

Sobre todas as coisas (Rafael Pereira)

hoje eu estive pensando
nas coisas que acontecem enquanto estamos crescendo
nas pessoas que deixamos
nas pessoas que conhecemos
nas cara que fazemos
para as coisas que não gostamos

hoje eu estive pensando
nas coisas que crescem, no que está acontecendo
nos carros que passam
nos programas que passam
nas coisas que fazemos
quando não tem ninguém olhando

Todo dia ficamos maiores!
todo dia ficamos melhores!
isso é sobre crescer, eu acho
sobre todas as coisas
que queremos entender

um dia a gente vai crescer
eu sei que esse dia vai chegar
os restos serão cimento
do que vamos construir
sobre todas as coisas
que não podemos encarar

17/10/2004 - 00:47

16.10.04

A Colisão

Pessoal,
Estou publicando aqui no Aerolitos este texto, que escrevi há cerca de dois anos! Trata-se de uma crônica (ou de um ensaio - vocês que sabem) sobre os pequenos conflitos que travamos com as pessoas. Comentem dizendo o que acharam!

Rafael


A Colisão


Mais uma tarde de férias, mais uma caminhada pela av. Paulista. Passando em frente ao Top Center, ocorreu comigo um fato corriqueiro, mas que me fez pensar em algumas coisas.

Sempre gostei de caminhar, é minha forma de terapia. Fico pensando na vida, falando sozinho (sempre faço isso), observando os carros. Mas desta vez foi diferente. Por incrível que pareça, eu estava atento em meu caminho. Foi quando visualizei, a cerca de 10 metros, uma mulher de aproximadamente 30 anos, de estatura baixa e que carregava uma pequena pasta (talvez uma bolsa, não estou certo em relação a isso). Ela caminhava em minha direção, mas não como se viesse a meu encontro... Ela caminhava em minha direção.

De repente, estávamos em rota de colisão. Percebi que, se eu não alterasse meu passo ou parasse, nos chocaríamos, mas mesmo assim o mantive. Ela também me viu. Aqueles segundos que antecederam ao choque pareciam o anunciar de uma guerra. Indianos e paquistaneses, judeus e palestinos, palmeirenses e corinthianos. Exércitos armados nas fronteiras, parados esperando o movimento do inimigo. Simplesmente nos encarávamos e avançávamos, um tentando intimidar o outro, levando-o a mudar seu curso.

Neste instante os carros que passavam já não interessavam mais, nem o farol, nem o yakissoba vendido ao lado, no ponto de ônibus. Foi como se o tempo tivesse congelado para observar aquele momento. Uma questão de honra, um duelo em um western. Xerife e ladrão em busca de auto afirmação! Não havia como parar, não havia como renunciar àquele pequeno pedaço de calçada que estava um passo à nossa frente. Ele nos pertencia, aquele espaço nos pertencia, porém só podia ser ocupado por um de nós. Mantive meu passo firme, ela fez o mesmo. Nos chocamos. Sua pequena pasta caiu no chão. Guerra empatada, sem vencedores nem vencidos.

Coisas pequenas e banais podem tomar outra dimensão dependendo do contexto em que são analisadas. Fiquei me perguntando o porque daquilo tudo. Por que eu simplesmente não desviei e deixei a mulher passar? Por que ela não fez o mesmo? Aqueles segundos que antecederam ao choque realmente pareciam eternos.

Vivemos em um mundo que nos padroniza, que nos controla de uma forma ao mesmo tempo cruel e extasiante. Usamos as mesmas roupas, comemos as mesmas comidas, realizamos os mesmos trabalhos, dia após dia. A personalidade é substituída pelo inconsciente coletivo. A noção de justiça desaparece quando confrontada com o "politicamente correto". Somos anulados diariamente, anulamos as outras pessoas, que nos anulam, e assim sucessivamente. "O que será que vão pensar?" "Será que eu serei excluído?"

Talvez isso explique a violência. Não violência no sentido mais usado da palavra, mas a violência que cometemos todos os dias contra nossas próprias personalidades, quando acordamos em uma hora que não queríamos acordar, vestimos uma roupa desconfortável e nos dirigimos a um lugar onde não queremos ir. E fazemos tudo isso acreditando que, na verdade, queremos esta vida.

Nos iludimos com os sonhos do "inconsciente coletivo": carreira, dinheiro, prestígio, achando que essas coisas podem nos libertar da violência que cometemos contra nós mesmo. E em busca disso, nos violentamos cada vez mais. Somos livres porque não temos escolha e nesta liberdade imposta está a nossa vitória, já escreveu Camus (ou foi Sartre? - ah, quem liga?).

Assumimos cada vez mais nossos personagens e nos esquecemos de nós mesmos. Os poucos que conseguem alcançar o topo, o 'objetivo coletivo' se perguntam: "E agora, o que eu faço?" Os outros continuam com seus papéis. E qualquer pequeno obstáculo pode transformar-se em uma muralha. E uma mulher que caminha a cerca de dez metros de distância pode se tornar sua inimiga.

Talvez essa manifestação de violência, agora sim a violência propriamente dita, ou até o desprezo pela presença do outro, a convicção de que ele deve desviar seu caminho por nossa causa pode ser entendida como uma manifestação daquele espírito escondido atrás da máscara, do terno, da gravata, dentro da pasta, aquele espírito que grita: AlÔOOOOOOO!!! eu sou humano! eu estou aqui! Pelo menos neste breve momento se rompe a condenação ao uso do instinto. Mesmo que por apenas alguns segundos, este assumiu seu lugar de direito: companheiro da razão, não escravo dela. Por um segundo, fomos apenas humanos, apenas duas pessoas que disputam o mesmo espaço.

A disputa por um mesmo pedaço de calçada poderia ser a mesma vaga no mercado de trabalho, no estacionamento do super mercado. Poderiam ser também dois amigos que disputam a mesma namorada. O homem vive tentando contrariar a natureza, tentando negar a velha máxima da física, de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar. E descobrindo, mais uma vez, que tal lei não pode ser ignorada, negada e, muito menos, alterada. Mas esta pequena auto afirmação basta para alimentar o instinto por algum tempo, apenas o suficiente para que ele se silencie e volte para seu esconderijo, para o lugar reservado para ele por nós mesmos.

Pedi desculpas para a mulher, que abriu um sorriso "vitorioso": O garoto assumiu a culpa. Seu caminho, para ela, era mais importante e seus passos mais fortes do que os meus. Ela ajeitou seu cabelo cheio de laquê, pegou sua pasta no chão e seguiu com seu passo firme. Em busca de algo que nem ela sabe. A culpa não era minha, nem dela... bem, pelo menos ela sorriu.

Continuei minha caminhada. Voltei a observar os carros, o comércio, as pessoas, seus pequenos e necessários conflitos. Pensei em algumas coisas sem importância, como por exemplo, escrever sobre isso, tomei um mate com guaraná, peguei o metrô na Trianon-Masp e voltei pra casa. Que bom! Perdi essa guerra. Mas foi uma boa batalha.

Rafael Pereira de Menezes
10/01/2002

14.10.04

Lula dá Azar



Diogo Mainardi

Lula foi a Nova York e resolveu o problema da fome no mundo. Muito bem, presidente. Em compensação, temo pelo que possa acontecer, de agora em diante, a Nova York. Se eu fosse o prefeito da cidade, decretaria urgentemente o estado de alerta. Uma catástrofe irá se abater sobre seus habitantes. Talvez seja uma canalhice revelar esse fato, mas Lula toc-toc-toc) dá azar. Com assombrosa regularidade, desastres naturais acompanham a passagem de sua comitiva presidencial.

Veja só: em agosto, Lula (toc-toc-toc) visitou a República Dominicana e o Haiti. Em seguida, os dois países foram devastados pelo furacão Jeanne, que causou centenas de mortes. Em julho, o presidente passou por Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Poucas semanas depois, a região foi assolada por um incêndio florestal de grandes proporções. Ainda em julho, Lula (toc-toc-toc) viajou para Cabo Verde e Guiné-Bissau. Assim que ele foi embora, surgiram os primeiros sinais de uma gigantesca infestação de gafanhotos naquela parte da África. Em maio, o presidente foi à China.
Nos dois meses seguintes, tufões castigaram o país, provocando mais de 600 mortes. Tempestades, chamas, mares de sangue e gafanhotos: não pretendo fazer ilações injuriosas, mas tudo lembra os flagelos do Apocalipse, com o angélico Luiz Gushiken a cargo das sete trombetas. (...)

=> Comentário Aerolitos: Repararam que as desgraças só acontecem quando o Lula vai embora? Será que é por isso que o Brasil não sofre grandes catástrofes naturais??? A presença do molusco presidencial garante que o Brasil continuará sendo um país sem furacões, sem tufões e sem terremotos.

Olha... finalmente achamos uma função pro Lula!

13.10.04

Praia, Sol, Tiros

"Os meus olhos ficaram cegos, por detrás desta cortina de lágrimas e de sal. Sentia apenas as pancadas do sol na testa e, indistintamente, a espada de fogo brotou da navalha, sempre diante de mim. Esta espada a arder corroía-me as pestanas e penetrava-me nos olhos doridos. Foi então que tudo vacilou. O mar enviou-me um sôpro espêsso e fervente. Pareceu-me que o céu se abria em toda a sua extensão, deixando tombar uma chuva de fogo. Todo o meu ser se retesou e crispei a mão que segurava o revólver. O gatilho cedeu, toquei na superfície lisa da coronha e foi aí, com um barulho ao mesmo tempo sêco e ensurdecedor, que tudo principiou. Sacudi o suor e o sol. Compreendi que destruíra o equilíbrio do dia, o silêncio excepcional de uma praia onde havia sido feliz. Voltei então a disparar mais quatro vêzes contra um corpo inerte, onde as balas se enterravam sem se dar por isso. E era como se batesse quatro breves pancadas, à porta da desgraça."

Albert Camus in O Estrangeiro

10.10.04

Pesquisa de Opinião Pública



Nós do Aerolitos, em um trabalho antropológico amador, decidimos iniciar uma série de pesquisas sobre o comportamento das pessoas, com o objetivo de demonstrar o quanto elas são esquisitas. Em nosso primeiro teste, expomos nossas cobaias a seguinte pergunta: “O que você estava fazendo em 5 de outubro de 2003?”. Escolhemos essa data porque estávamos no dia 5 de outubro de 2004.

A primeira curiosidade: a pergunta nunca era feita diretamente. Nós dois simplesmente a colocamos como nick no MSN e ficamos esperando as reações, que foram as mais adversas. Não sabemos ainda porque, mas apenas mulheres se deram ao trabalho de participar desta pesquisa! Se alguém puder explicar pra gente o motivo disso, ficaremos gratos!

As reações se deram de três modos diferentes:

1- Agressivas
Essas eram as mais comuns. Normalmente as meninas nem se davam ao trabalho de dizer oi. “Por que você quer saber?” e “isso não te interessa” foram uma constante durante este trabalho de pesquisa. Outras ainda acharam que a pergunta era apenas uma indireta relacionada a pessoa delas... “eu sei porque você está falando isso!” como se elas fossem tão importantes a ponto de prejudicar esse trabalho de pesquisa! Mas o troféu “agressividade aerolitos” vai para a Sra. Rrrrrrrrrrrr, que escreveu: “por favor, mude o seu nick. Ele está me incomodando”.

Quanto a tais manifestações, só podemos lembrar da frase do velho sábio: “vocês são lamentáveis!”

2- As normais
5% das participantes responderam normalmente ao estímulo provocado por esta pesquisa. Destas, 4,95% deram respostas relacionadas a homens. “estava com o meu amor” ou “ai, aquele dia foi maravilhoso!”. Menção honrosa para a Sra. Ccccccccc, que falou sobre sua faculdade e não ficou nos alugando sobre detalhes de sua vida amorosa! Obrigado Srta. Ccccccc!

3- As estranhas
Nessa categoria, uma freqüentadora assídua desse nosso blog, a Srta. Lllllllllll, ganhou em disparado o troféu “esquisitice joinha aerolitos”! Ao se deparar com a pergunta que motivou esta pesquisa, respondeu sem titubear: “ai... aquele dia foi aniversário do Olavo (o gato dela) Ele é lindo!” Sabendo que esta data guarda um fato tão importante, só podemos dizer uma coisa.... Parabéns para o Olavo! 

Voltaremos em breve com mais uma pesquisa Antropológica Amadora Aerolitos!
Cuidado! Você também pode ser uma cobaia!

Rafael e Guilherme

Ps: não revelaremos os verdadeiros nomes de nossas cobaias para preservar a imagem delas de ridicularizações e hostilizações por parte de seus amigos.

9.10.04

Out of Time

Esta música é quase perfeita, tem um ótimo som com uma ótima letra. Recomendo que vocês escutem!

Out of Time (Damon Albarn)

Where's the love song?
To set us free
Too many people down
Everything turning the wrong way round
And I don't know what life would be
But if we start dreaming now
Lord knows we'd never clear the clouds
And you've been so busy lately that you haven't found the time
To open up your mind
And watch the world spinning
gently out of time
Feel the sunshine on your face
It's in a computer now
Gone to the future, way out in space
And you've been so busy lately that you haven't found the time
To open up your mind
And watch the world spinning gently out of time
And you've been so busy lately that you haven't found the time
To open up your mind
And watch the world spinning gently out of time
Tell me I'm not dreaming but are we out of time?
(We're) out of time
Out of time (x4)

3.10.04

Vermelho + Azul = Vermelho

Será que eu sou o único que percebeu que o PT e o PSDB são o mesmo partido?

Eles tem:

o mesmo tipo de conduta parlamentar (submissão ao executivo e denuncismo enquanto oposição),
o mesmo tipo de projetos sociais (assistencialistas, paternalistas e inúteis - aliás o PT apenas mudou os projetos do PSDB de nome)
a mesma política econômica (que se diz liberal mas inviabilizou a prática capitalista no Brasil por meio de uma taxa de juros irreal e de uma carga tributária de 40% do PIB)
a mesma visão de Estado (intervencionista, grande, pouco funcional, paternalista - vide os projetos sociais...)

o problema é que, até segunda ordem, o PSDB representa para a nossa massa de iletrados algo parecido com uma direita liberal. enquanto o povo (especialmente a classe média conservadora) vem aceitando essa colocação absurda, o discurso político se dá apenas no campo e nos termos da esquerda.

transformar o PSDB em direita significa tirar a direita do escopo político do país e criar uma ditadura fantasma de um partido único que, se não é unido institucionalmente, é unido em ideais e programas políticos. é a boa e velha política das tesouras de lênin dando resultado em solo tupiniquim.

ah... pra quem não sabe, o presidente nacional do PSDB, José Anibal, é um dos fundadores do PT.

Cérebro

O resultado das últimas eleições em São Paulo comprova:



Apenas cerca de 12% da população paulistana ainda é dotada de cérebro.

1.10.04

Muito Cuidado

Depois de ter entrado em inúmeros blogs, eu estou revoltado com o conjunto de besteiras q eu já li, por isso fiquem espertos, donos de blogs, pois eu vou começar a postar no meu blog suas asneiras para me divertir às suas custas.